Eu estava sem cabeça para escrever nada antes da prova da UERJ. Estava um pouco preocupado, o que, afinal, é normal e estava certo que, independentemente da nota, estaria com algo notável para escrever depois. E agora, tudo que sinto é alívio. Sim, a droga do ALÍVIO. Nenhum poeta que me lembro já escreveu sobre isso, para ter noção de como esse sentimento soa inexpressivo para a literatura.
Felizmente, o poeta é um fingidor. Se um disser que acha essa sensação ruim, com certeza não foi nem ele, foi o eu-lírico... e daqueles eu-líricos que se existissem no mundo real deveriam apanhar feito ____________________ (insira exemplo politicamente correto aqui... não vou gastar tempo nisso). Em resumo, o alívio, em certas situações, já basta e é bom que nem uma linha do Tony Levin... ou não... é, realmente não é.
Sabe, sinceramente, foi bom tirar uma parte do peso das costas. Continuo carregando um mundo ainda, mas foi bom. Ter tirado um A, pensando bem, não foi mais que obrigação dada a minha inteligência (cof, cof, cof, esforço e São Bento). Talvez por isso nenhum outra reação veio. Não foi inesperado, não foi excepcional, não foi incomum. Sinto-me bem, mas também sinto que não posso parar e que devo continuar a estudar.
Enquanto isso, fico com mais vontade de ver inúmeros filmes, de tocar loucamente baixo, de viajar ou de simplesmente dormir mais, mas sei que tenho que manter o ritmo. Só uma coisa me consola: em novembro talvez acabe e o alívio breve, com esforço, se tornará um grande orgulho.