quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O Pensador

Estava o homem a pensar em casa. Num canto precariamente iluminado por um abajur se encontrava ele sobre uma cadeira. Ao fundo rodopiava na vitrola um disco com doces e fluídas valsas de Strauss, contrastando com a melancolia do momento. E o homem sentado pensando.
Certo momento bate à porta uma adorável moça loira. Ondas espalham-se pelo ar e chegam ao cérebro, misteriosa caixa cinza do ser humano. Na caixa cinza da mulher reações faziam-na sentir algo pelo estranho pensador, porém, na caixa deste reações deixaram-no inerte no mesmo canto com sua ocupação. Passado certo tempo, a moça vai embora. Mais tarde ainda, a valsa pára de tocar, restando para o homem apenas sua solidão e o constante tic-tac do relógio.
...
TIC-TAC
TIC TAC
TIC-TAC
...
Milhares de tic-tacs se vão e o homem levanta. Não conseguiu resolver seu problema. Olha para o relógio e vê que se passaram poucas horas. Ainda angustiado por seu problema (e sem se dar conta do que perdeu) o homem toma um Prozac e vai encher a cara no bar da esquina dez anos mais velho.

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Isso aí foi um sonho estranho meu. Antes de mais nada o homem era o Sr. Fantástico e a moça era a Mulher Invisível.

Abraços

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

( Sem Título )

Do amanhã nunca se sabe e a vida é uma caixinha de surpresas, porém desde os gregos antigos se tenta compreender o tecer das Moiras, sempre sem sucesso. Foram estes mesmos gregos pioneiros que, através da filosofia, tentaram abordar a felicidade de forma racional. Dentre as questões por eles propostas na busca da vida perfeita, existia a dúvida a respeito da idade, do destino e a alegria nos homens.
Essa pergunta continua sem resposta e provavelmente, se tiver, é tão subjetiva e indeterminada como o próprio ser humano. Um exemplo disso é que, enquanto alguns vêem na energia e falta de responsabilidade pueril a melhor fase da vida, outros encontrar na dignidade do trabalho o prazer. A resposta varia a cada indivíduo e não se chega a nenhum termo final, apenas a certas hipóteses lançadas por alguns.
Não foram somente os gregos os pensadores responsáveis por estas hipóteses. De religiosos a filósofos, como Buda e Kierkegaard, todos pensaram sobre a vida de forma abstrata. Felizmente, no século XXI, as hipóteses são testadas através da neurociência, tornando o pensamento mais palpável e científico. Com esse novo ramo das ciências, certos padrões e hormônios foram identificados, como, por exemplo, a dopamina, que é relacionada ao prazer e também ao bem-estar. Isso mostra que Epicuro, um dos primeiros a pensar a felicidade, não estava enganado com seu hedonismo.
O que importa não é necessariamente a idade, mas sim o prazer e o equilíbrio nessa fase. Isso já se sabe, mas qual é o prazer fundamental para o ser humano ser feliz independente da idade, cabe a cada um responder.


Este texto pertence a série: "Jamil, o Sério". É uma redação minha no colégio, que, não sei como, ficou com nota boa. Eu simplesmente saí embromando "cientificamente".
Acontece, né? De qualquer forma, passarei a embromar tudo que escrevo nas redações (E sim, no começo eu repito duas vezes a mesma coisa de forma diferente. É que eu não sabia como começar e e então passei a repetir as coisas)

Abraços

domingo, 23 de novembro de 2008

Mudança de mentalidade

Boa Noite!

Vim aqui comunicar a todos que agora sou um cara sério. Mentira, todos do colégio já ouviram essa frase cerca de ln 49^tg88 e eu nunca consegui me tornar um cara sério de verdade. Aliás, acho que minha concepção de cara sério envolve ganhar dinheiro. Mas não vim falar sobre isso.

Desisti de fazer contos envolvendo zumbis com objetivos não cinematográficos, agora vou escrever sobre coisas sérias ou quase. Mas aí você, fã de longa data dos meus roteiros como "Zumbi Cafetão", "O Zumbi no Jardim" e "Homem-Besouro Radioativo", entre outros, se pergunta o porquê dessa mudança. A razão é clara, após um bom tempo dissertando se sabonetes lux "toque de pêssego" poderiam ser usados para "amaciar a carne" em filmes envolvendo zumbis canibais, eu vislumbrei que se eles tem sabonetes, certamente terão liquidificador, podendo fazer assim carne moída de mais fácil ingestão. É claro que uma cena sangrenta envolvendo liquidificador é uma idéia extremamente divertida, mas é muito acima do meu nível com defeitos especiais.
Agora farei contos adaptáveis para filmes cabeça do anima mundi (os trash-gore virão em menor freqüência).

Abraços

Auto-crítica e relatividade

Jamil diz:
eu escrevi algo que a ____________ escreveria
Jamil diz:
eu estou com vergonha
Jamil diz:
ainda bem que também fiz uma sonata baseada nesse sonho
Jamil diz:
ficou uma merda, mas é muito rápida
Thiago Cianci - 8D Uma semana 8D diz:
que merda digo eu
Thiago Cianci - 8D Uma semana 8D diz:
meu primo quer pegar a _____________
Jamil diz:
isso é muito ruim
Jamil diz:
mas cara, ele é seu primo
Jamil diz:
não é você
Jamil diz:
imagina se você fizesse uma música que a ___________ faria?
Jamil diz:
você teria que se dar tapas na cara pedindo perdão a Bach, a Schoenberg e a Miles Davis por ser tão ruim
Jamil diz:
só não faço isso porque eu ignoro o que escrevo xD Só me importo com música mesmo xD


Odeio ter que postar uma conversa no MSN para explicar o que eu penso, mas é exatamente por não querer ser que nem algumas pessoas (que sinceramente não admiro muito) que não vou posto nada que eu escrevo sério. E por não ser que nem as músicas de pessoas que admiro, não posto minhas músicas. Estranho, né? Independentemente de ser estranho ou não, é assim que penso e enquanto não atinjo um patamar agradável para mim em nenhuma das duas vou postando coisas aleatórias.

Próximo post: "Projeção dos sabonetes LUX num cenário apocalíptico e canibal".
Até lá, abraços.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Crítica aos críticos

Boa tarde

Cheguei a conclusão que crítica musical é algo muito escroto. Eu pararei de fazer aqui nesse blog. Só postarei sobre música para falar de coisas minhas ou ofender pesadamente alguém que para mim é ruim, mas é valorizado pela crítica e por pseudo-intelectuais.

Recentemente estou com ódio a Bravo. Vou começar comentando essa revista, a porta-voz da pseudo-intelectualidade brasileira. Cara, eu eventualmente pego para ler na biblioteca do meu colégio e vejo matérias sobre coisas bizarras. Botam a Mallu Magalhães como a grande salvadora da música brasileira devido a ter enfrentado as gravadoras, ignorando de maneira nunca antes vista as bandas de metal que lutam para se manter e lançam CDs que dentro de seus estilos tem grande valor, sem apoio de muita gente, além dos fãs.

A coisa que me deu mais raiva nessa revista foi uma matéria sobre uma mulher que faz música de vanguarda aí. Eu não conheço a obra dela, meu conhecimento de erudita começa em Strauss e acaba em Iannis Xenakis, mas cara, nessa matéria botavam um cara que gravou dois malucos pelados se beijando como o papa da vanguarda musical brasileira. Depois dessa eu entrei num frenesi de ódio que só foi superado com uns momentos jogando papo fora com Aroeira, Thiaguinho e PV, um excelente remédio. Cacete, isso é vanguarda onde? Ele contribuiu em algo para a música? Quando você questiona o valor dos experimentos eletrônicos no começo da música erudita contemporânea, você tem que pensar que isso abriu as portas para muitas coisas, como a música eletrônica pop e o kraftwerk (\o/). O que essa gravação de dois pelados doidões se beijando ajudou a música? Para mim esse cara é o papa da picaretagem.

No dia que me responderem de forma convicente o que isso adicionou a música eu deixo de considerar esse cara picareta e ainda jogo fora minha discografia de prog ¬¬ Peço para me responderem porque a CRÍTICA NÃO O FEZ!!! Nesses dois exemplos que eu passei, a revista apenas impôs algo. Porque nós devemos acreditar em gente que diz isso? Aí entramos numa questão interessante, se o papel da crítica não é apontar o que é bom ou não, qual o papel dela?

Ainda acho que é um trabalho meramente descritivo e bem formalista dentro da estética dos estilos de composição. Trabalhar tecnicamente a música dentro do seu estilo é o fundamental da crítica, não se pode trabalhar baião e folk da mesma forma, mas tem como se comparar um CD de folk a todo o outro folk que veio antes dele, e aí entra o papel do crítico, que tem que ser um estudioso da música. Se ela continuar apenas impondo opiniões para atender um público intelectualóide que não entende nada, ela nunca vai ser ouvida por ninguém além dessas pessoas que já lêem e ao invés de formar opinião vai formar imbecis cegos.

Já como todo mundo que entra aqui é amigo meu praticamente, já sei que só se tiver uma pessoa que eu não conheço que talvez se sinta ofendido. E olha, eu não quero ofender a todos os críticos nem a todos que gostam de crítica musical. Existem boas críticas, como, por exemplo, a que saiu no globo sobre o DVD ao vivo do Terço (que admitiu: é um excelente álbum de rock progressivo. Só passe perto se gosta de muitos solos), o que me irrita é a falta de senso e parcialidade que vemos em artigos de certas revistas.

Abraços

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Chove Chuva

Boa Tarde!

Sobre a frase do post anterior, não tenho nada a declarar, apenas que fiz em 10 segundos porque não queria deixar o blog sem nada. Acho que passarei a fazer letras usando esse método, só que em francês, para caso fique ruim demais ninguém entenda. A menos que seja francês ou fale muito bem francês (eu tenho dicionário e cato palavras difíceis).

OBS:É impressionante como dias chuvosos combinam com música erudita ou jazz e livros. Agora pouco do nada me bateu uma vontade de ouvir Vivaldi, Debussy e obras para piano solo. Também tomei coragem para começar a ler Nelson Rodrigues.

Bom, combinando música e literatura de qualidade, espero que chova bastante.

Abraços

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Preguiça

Boa Tarde!

Estou com preguiça de escrever muito, mas não quero deixar esse blog abandonado novamente, então vou publicar um poema. Mentira, todos sabem que eu não escrevo esse tipo de coisa, por mais que eu goste. Vim postar uma frase que acho que todos tinham que pensar sobre.

"A gênese do ser humano se dá com o mito de sua própria vida"

Comento essa frase depois. Agora vou tocar baixo.

Abraços

domingo, 16 de novembro de 2008

This is Spinal Tap!

Boa Noite a todos!

Vim aqui hoje falar sobre um dos melhores filmes da história. Fiquem tranqüilo, não vou encher o saco de vocês com nada relacionado a fãs dos Los Hermanos agora. Vim falar sobre os verdadeiros comedores do rock. Desculpas pela expressão, mas não tem outro modo de comentar o hard rock. E é sobre isso que "This is Spinal Tap!" fala. Fala com tanta irreverência e de modo tão ofensivo que Eddie Van Halen não riu quando viu o filme, apesar de ter sido um dos guitarristas a botar o amplificador até o 11 (segundo uma fonte não muito confiável: a Wikipédia).

Esse filme marcou a vida de todas as pessoas que gostam de rock e conhecem o "hair metal", vulgo Hard Rock Farofa. Com músicas como "Big Bottom", "Sex Farm" e "Lick My Love Pump", o filme além de engraçado conseguiu ter mais qualidade musical que bandas como Nelson e Poison. Com essas músicas, o talento e o carisma dos músicos se tornou tão evidente que as telas foram incapazes de segurar o sucesso da banda, que tocou em diversos eventos reais, como, por exemplo, o Live Earth. Veja o vídeo abaixo:



Nessa música, Stonehenge, podemos ver a banda no Live Earth sendo calorosamente recebida e na música Big Bottom vemos a banda Metallica tocando com eles o riff de baixo que conduz a música. Realmente, se você gosta de rock, veja o filme. Se não gosta não recomendo, pois o filme é para quem tem alguma idéia de quão ridículo é o "hair metal", com todo respeito aos fãs desse estilo (que eu também aprecio, mesmo sabendo que é uma bosta).

Aliás, quer saber mesmo o que é hard rock? Além da ida tradicional à wikipédia, recomendo ler isso aqui: http://whiplash.net/materias/humor/040426.html

Depois de ler isso, tente ver o filme. Vai valer a pena com certeza.

Abraços

sábado, 15 de novembro de 2008

Antropologia Social I

Boa noite a todos!

Volto aqui com uma grande novidade... descobri o que é um neomalandro. Ele é tão esperto que escapou da wikipédia e do orkut, mas após um pesado trabalho de antropologia social, o encontrei passeando no Google junto de 90% do o conhecimento humano. Aqui está o artigo que inspirou minha primeira "Hard Bossa" (mistura de Bossa nova com Hard Rock).

http://jbonline.terra.com.br/editorias/programa/papel/2008/02/22/programa20080222018.html

Tem um blog aí que diz outra coisa, mas sei lá, esse texto do link saiu no JB e tem vários termos técnicos de moda que não entendi. Aliás, reza a lenda que se você é homem e usa todos termos do texto... bem, o que eu ia falar seria em demasiado etnocêntrico e não combina com um trabalho sobre antropologia social.

Aliás, você sabe o que é antropologia social? O sábio Renato "Ciborg" Bahia, amigo meu, disse que é uma puta redundância. Além disso que não consta no artigo da wikipédia, tem tudo explicadinho lá: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia_social

Agora parei de respeitar os neomalandros. Segundo o que o texto do JB indica, o neomalandro é fã de Los Hermanos. É um cara que combina o visual hippongo sujo com o semblante que remete a pouca higiene típica de pessoas mais "moderninhas e intelectualizadas". Merda, fui etnocêntrico de novo! Papai Noel não me dará nada de natal de novo.

Abraços

Origens

Após acabar meu blog antigo, já me perguntaram sobre esse. E também a origem do nome. Isso é simples, apenas achei "Pela Sombra" um nome muito neomalandro. O que vem a ser um neomalandro? Também não sei, mas li numa revista do JB e achei engraçado. E aqui volto a esse blog.


Cheguei a uma conclusão, quando eu escrevo não sai coisa boa. Vou parar de me forçar a ser sério. Minha melhor letra para a banda atual fala sobre neomalandros, que é praticamente uma tribo urbana desconhecida, nunca achei nada no orkut ou na wikipédia. Serão eles os novos maçons? Não, afinal neomalandro é mais estiloso que maçom.


Termino esse texto de fragmentos com uma frase minha, tirada da coletânia: "Jamil, o tr00", feita por Rodrigo Malta, após muitas conversas inúteis no MSN.

"Você tem o direito de ser medíocre, mas se não quiser ser tão merda, aprenda isso, na pior das hipóteses, na virada use arpeggios'

Troque viradas por conversas e arpeggios por um "Entendo" breve e fechado com cara de pensador malvado. Sim, trocando essas duas palavras você pode ter todas as saídas para a mediocridade óbvia e descarada.