sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Crítica aos críticos

Boa tarde

Cheguei a conclusão que crítica musical é algo muito escroto. Eu pararei de fazer aqui nesse blog. Só postarei sobre música para falar de coisas minhas ou ofender pesadamente alguém que para mim é ruim, mas é valorizado pela crítica e por pseudo-intelectuais.

Recentemente estou com ódio a Bravo. Vou começar comentando essa revista, a porta-voz da pseudo-intelectualidade brasileira. Cara, eu eventualmente pego para ler na biblioteca do meu colégio e vejo matérias sobre coisas bizarras. Botam a Mallu Magalhães como a grande salvadora da música brasileira devido a ter enfrentado as gravadoras, ignorando de maneira nunca antes vista as bandas de metal que lutam para se manter e lançam CDs que dentro de seus estilos tem grande valor, sem apoio de muita gente, além dos fãs.

A coisa que me deu mais raiva nessa revista foi uma matéria sobre uma mulher que faz música de vanguarda aí. Eu não conheço a obra dela, meu conhecimento de erudita começa em Strauss e acaba em Iannis Xenakis, mas cara, nessa matéria botavam um cara que gravou dois malucos pelados se beijando como o papa da vanguarda musical brasileira. Depois dessa eu entrei num frenesi de ódio que só foi superado com uns momentos jogando papo fora com Aroeira, Thiaguinho e PV, um excelente remédio. Cacete, isso é vanguarda onde? Ele contribuiu em algo para a música? Quando você questiona o valor dos experimentos eletrônicos no começo da música erudita contemporânea, você tem que pensar que isso abriu as portas para muitas coisas, como a música eletrônica pop e o kraftwerk (\o/). O que essa gravação de dois pelados doidões se beijando ajudou a música? Para mim esse cara é o papa da picaretagem.

No dia que me responderem de forma convicente o que isso adicionou a música eu deixo de considerar esse cara picareta e ainda jogo fora minha discografia de prog ¬¬ Peço para me responderem porque a CRÍTICA NÃO O FEZ!!! Nesses dois exemplos que eu passei, a revista apenas impôs algo. Porque nós devemos acreditar em gente que diz isso? Aí entramos numa questão interessante, se o papel da crítica não é apontar o que é bom ou não, qual o papel dela?

Ainda acho que é um trabalho meramente descritivo e bem formalista dentro da estética dos estilos de composição. Trabalhar tecnicamente a música dentro do seu estilo é o fundamental da crítica, não se pode trabalhar baião e folk da mesma forma, mas tem como se comparar um CD de folk a todo o outro folk que veio antes dele, e aí entra o papel do crítico, que tem que ser um estudioso da música. Se ela continuar apenas impondo opiniões para atender um público intelectualóide que não entende nada, ela nunca vai ser ouvida por ninguém além dessas pessoas que já lêem e ao invés de formar opinião vai formar imbecis cegos.

Já como todo mundo que entra aqui é amigo meu praticamente, já sei que só se tiver uma pessoa que eu não conheço que talvez se sinta ofendido. E olha, eu não quero ofender a todos os críticos nem a todos que gostam de crítica musical. Existem boas críticas, como, por exemplo, a que saiu no globo sobre o DVD ao vivo do Terço (que admitiu: é um excelente álbum de rock progressivo. Só passe perto se gosta de muitos solos), o que me irrita é a falta de senso e parcialidade que vemos em artigos de certas revistas.

Abraços

Um comentário:

Thiago Cianci Antunes disse...

=/ Essas coisas me deixam puto. Prefiro não comentar nada, e ao invés disso, citar Jack Black no filme Escola de Rock:
"O Rock era a única forma das pessoas se rebelarem contra o homem, mas o homem destruiu isso também! Com uma coisinha chamada MTV!!!"

Que raiva.