sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Espírito Moderno

Se algum idiota diz que isso é um haikai
(e ele diz)
Alguém acredita

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Prometo que o próximo post não será nada relacionado a haikai. Estou esperando as aulas começarem para eu ter ideias mais tensas e voltar a escrever textos.

Haikai Punk

Um Molotov louco
Atinge o ministro e faz
calor de verão

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Até a falta de criatividade é bonita num haikai

Os bons posts não vêm
Embromar é ver com calma
no chão, velhas folhas
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Sei que não é outono, mas não me importo com isso. Pensando bem, me importo... está quente.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Haikai Uai!

A jabuticaba
No chão caiu. Requeijão...
Pote não acaba

sábado, 26 de setembro de 2009

Jamil's Bad Fur Day...

Na primeira vez que ouvi Highway Star do Deep Purple, eu confundi a palavra “head” com “hair”. Sinceramente, nessa vez não teve sentido, mas, hoje, essa confusão seria parte fundamental de minha vida. Acabei de perder toda minha credibilidade como músico... E a Ellen Page perdeu a credibilidade como menina meiga e bonitinha.

Ou não, continuo tocando a mesma coisa, mas, sabe, o cabelo e o biquinho são mais importantes que o timbre para o baixista. Quando nos escutam, pensam que o “maluco da guitarra estranha” tá carente, então para sermos notados precisamos de POSE. E mesmo assim ninguém valoriza os nossos timbres, escalas bizarras ou qualquer coisa.

Com o cabelo mais curto desde 2005, não renderei tanto no aspecto pose. Talvez como músico dê tudo certo, minhas linhas andam afiadas, precisas e trabalhadas, prontinhas para aparecer... mas agora é uma incógnita... Ellen Page me dá medo.

De qualquer forma, o cabelo me deixou meio preocupado. Eu ia escrever sobre como tenho medo da Ellen Page, mas, isso é pouco. Tenho mais medo de perder o título de maluco muito bom e foda no baixo. Tá certo que nunca tive, mas poderia ganhar. E o cabelo não tem nenhuma relação com isso. E dane-se, estou irritado e isso basta.

Ah, vou ver Eraserhead de novo, talvez passe.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Como desvirtuar o aprendizado

Voando bem alto
está o gavião.
Que torna-o arauto
é o mal do avião.

O mesmo Destino
Dá o barco ao boto...
Humano imagino:
"Foda mesmo é ser piloto"

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A gente estuda um pouco para escrever melhor e dá nisso. É... ser poeta não é meu forte.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sonetinho

Inútil tempo, soprado com o ar
Expirado o momento e meu normal
Minh'alma sem rumo é agora nau
Eliminada com vão respirar

Com os pés no chão procuro novo lar
Encontrar-me era outrora tão banal
Transformou-se logo em grandioso mal
Que me impelia a nunca mais voltar

Contudo, já estou enfeitiçado
Mais uma tentativa por mim clama
Com a tonalidade dum triste fado

Culpa minha! Não tão verde está a grama
Tarde... perdi uma chance ao teu lado
Errar é natural daquele que ama.
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Bem, primeiro soneto. Ainda preciso de treino... com o tempo melhora. Com as dicas do JM também. Valeu, cara.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

MImimi Japonês

Eu estava sem cabeça para escrever nada antes da prova da UERJ. Estava um pouco preocupado, o que, afinal, é normal e estava certo que, independentemente da nota, estaria com algo notável para escrever depois. E agora, tudo que sinto é alívio. Sim, a droga do ALÍVIO. Nenhum poeta que me lembro já escreveu sobre isso, para ter noção de como esse sentimento soa inexpressivo para a literatura.

Felizmente, o poeta é um fingidor. Se um disser que acha essa sensação ruim, com certeza não foi nem ele, foi o eu-lírico... e daqueles eu-líricos que se existissem no mundo real deveriam apanhar feito ____________________ (insira exemplo politicamente correto aqui... não vou gastar tempo nisso). Em resumo, o alívio, em certas situações, já basta e é bom que nem uma linha do Tony Levin... ou não... é, realmente não é.

Sabe, sinceramente, foi bom tirar uma parte do peso das costas. Continuo carregando um mundo ainda, mas foi bom. Ter tirado um A, pensando bem, não foi mais que obrigação dada a minha inteligência (cof, cof, cof, esforço e São Bento). Talvez por isso nenhum outra reação veio. Não foi inesperado, não foi excepcional, não foi incomum. Sinto-me bem, mas também sinto que não posso parar e que devo continuar a estudar.

Enquanto isso, fico com mais vontade de ver inúmeros filmes, de tocar loucamente baixo, de viajar ou de simplesmente dormir mais, mas sei que tenho que manter o ritmo. Só uma coisa me consola: em novembro talvez acabe e o alívio breve, com esforço, se tornará um grande orgulho.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ode aos publicitários



Após meu surto após desistir de tentar música na faculdade, pensei em muitas coisas. Muitas mesmo. Publicidade foi uma delas, porém, de todas, foi a mais facilmente descartada. A razão? Tinha medo de virar um imbecil após a faculdade. Dessa vez, algo raro aconteceu: errei feio a respeito dos publicitários.

Eles não são idiotas, são pessoas aleatórias que aprenderam a ganhar dinheiro em cima dos verdadeiros idiotas. Até propagandas revoltantes* como essa do Seu Jorge com a Riachuelo (aliás, observem o momento das 0:22... é emblemático) e os out-doors do Hortifruti continuam porque dão certo. O cara que ganha para fazer piadas ruins como “O Curioso caso de Amendoim Button: “ele se sentiu mais novo depois de passar pelo Hortifruti” é um sábio e merece respeito ao menos pela inteligência na hora de escolher a profissão.

Entretanto, nem tudo são flores. Ao mesmo tempo que são geniais, eles são exemplos da falta de piedade. Eu poderia muito bem fazer propagandas ruins e até algumas boas sem problemas. Idéias não faltam, mas tenho certo decoro na hora de cantar meus jingles ou publicar minhas esquetes para desconhecidos. É claro que como publicitário, ninguém saberia quem fui eu o desgraçado que fez aqueles lixos, logo eu não teria vergonha... Triste, mas verdade.

Em resumo, dêem graças a Deus por eu ser um cara de escolhas não muito arriscadas e adorar ler a respeito de política e economia. Se eu tivesse menos senso (ou mais, depende do referencial), propagandas como essa do Seu Jorge seriam feitas com freqüência maior. E um viva aos publicitários!

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*Engraçadas, dependendo do seu nível mental. Confesso que ri bastante com essa do Seu Jorge e a “O Espigão que me amava”.

**Pizza Gelada, Pizza Gelada, Pra depois da noitada, Pizza Gelada.
Com coca-cola, requentada nem rola, a gelada me bola
Com coca-cola, requentada nem rola, a gelada é demais.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A volta das Verdades Eternas

Após uma longa e árdua jornada espiritual, volto cá sério. Realmente já sentia falta de escrever aqui. É, o Sol anda muito quente. Não consegui dar conta de todos meus projetos, então tenho me dedicado muito a leitura, música e recentemente aos estudos. Bem, tenho uma série de novidades. A que pode parecer mais interessante é que tenho escrito letras. Infelizmente há uma mais significativa: após todo esse tempo, minha barba não cresceu...

É, não sou cult ainda. Talvez por isso mesmo eu esteja aqui, prestes a declarar guerra a toda essa babação pelo "conceituado" que vejo atualmente. Foi um processo difícil de começar, e, quando começou, foi da maneira mais imbecil possível: ouvindo Bon Jovi e refletindo sobre o ato de ouvir "aquilo".

"Meu Deus, ele se tornou mais idiota com o descanso?", você se pergunta. É uma reação bem plausível sua, caro leitor, até eu penso assim... entretanto, foi assim que tudo aconteceu. Que o refrão mais marcante que conheço é o de "Livin' On a Prayer", não tenho como negar. Ao ouvir o resto da música comecei a ver que era bem trabalhada, e do aspecto pop é uma senhora música. Logo em seguida peguei uma bandinha que faz muito sucesso entre a galerinha descolada: “Joy Division”. E tudo começou a não fazer sentido. Não que tenha feito um dia, ou que talvez haja um sentido mesmo, mas, de qualquer forma, senti uma estranha sensação no peito.

Não era nada de importante, acho que era só o efeito de ouvir muita música ruim e sem graça. Fica, contudo, a questão: como Joy Division é idolatrado pela galera cult e Bon Jovi massacrado, mesmo esse sendo melhor do aspecto musical e pop? Não sei responder, nem quero, mas isso resume um fato social bem bizarro: “O gosto por idéias não existe, e sim por gostos alheios”.

Soa estranho isso, não? Claro, no entanto a vida é assim. Ninguém se questiona se existe algo além do gosto. Existindo ou não, a questão é que pode haver um critério mais razoável que o mero gosto da maioria ou do grupinho do qual você pertence. O gosto, o prazer, continua sendo a máxima em nossas artes, e, por isso mesmo, não há nenhum pecado em gostar de algo ruim. Podemos admitir, por exemplo, que curtimos Boston. Infelizmente, as pessoas e até críticos ignoram isso, principalmente no que tange a música. E continuaremos a ter fãs irracionais de bandas cult pagando de inteligentes, apenas por aceitarem sem pensar o que os líderes dos grupinhos dizem.

Abraços, muito bom estar de volta.
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Bem... que texto grande. Acho que isso foi tudo no fundo mimimi por não ter barba...