quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Lançamento mundial da "On the Road"

Bom dia.

Vim aqui informar sobre o lançamento mundial da música "On The Road Blues", na qual participo com o baixo. O autor é Philippe Meyohas e a música foi para a carreira solo dele, então pode ser conferida aqui: www.myspace.com/felipemeyohas.

Aí tem outras músicas, porém com minha participação só nessa. As outras também estão bem legais para quem gosta de um rock alternativo mais moderninho. As minhas favoritas são a minha e a "Se não me engano".

Abraços e espero que gostem.

domingo, 25 de janeiro de 2009

DIPP - Japão pt.3

Bem, aqui estou nos momentos decisivos do meu perigoso trabalho sociológico e, após explicar o produto de exportação dos jovens japoneses, vamos explicar o que fica somente no mercado interno. Bem-vindos ao mundo da música pop japonesa. Aqui, o hair metal americano foi revistado e ampliado, misturado com a estética moderna oriental.

Precisamos tocar em dois pontos interessantes na cultura japonesa e americana antes de prosseguir:

1 – O bishounen. Esse conceito é correlato a androginia em certas culturas ocidentais e consiste de achar sexy homens que parecem mulheres. Caso vocês leiam mangás, principalmente os shoujo, que são voltados para o público feminino, irão notar isso. O “fodão” da história é sempre meio afetado e parece uma bishouna (trocadilho ruim, mas necessário) para os parâmetros ocidentais.

2 – O glam rock e o hair metal. Estilos de música da década de 70 a 90, populares nos Estados Unidos. Músicos ficam maquiados normalmente. David Bowie e Poison fazem parte desses estilos, respectivamente. Foi muito popular no Japão, em especial o Hair Metal, o hard rock farofa para os menos chegados.

Agora que já sabemos disso, podemos expor a tese de porque, ao invés do mangá e do hentai, o pop japonês nunca decolou. Com o sucesso do hair metal, bandas japonesas, como o X Japan, seguiram o estilo com algumas mudanças, criando o visual kei, que é uma espécie de hair metal japonês, muito popular até hoje.

Essa música não se expandiu porque o movimento demorou para se consolidar e o hard rock farofa já tinha sido varrido do mercado fonográfico norte americano pelo Grunge e no inglês pelo Brit Pop, ficando fadada ao mercado japonês por um bom tempo.

Com a ascensão do emo, estilo musical um pouco menos “desleixado” e mais “maquiado” que o rock alternativo de 90, o visual kei está se expandindo e chegando a vários lugares no mundo, como a Alemanha, com o Tokio Hotel, e o Brasil, com a psy-gai.

OBS: O visual kei não é necessariamente um problema, mas acho que merecia ser explicado aqui, pois combina com uma estética dos mangás, e isso foi trabalhado aqui. Não é um problema gostar de uma banda com uma estética visual diferente da que você conhece, desde que você goste do som dos caras. Para mim, há mais problema no Death Metal e no Gore ocidental do que no Visual Kei. Aliás, isso é um bom tema para um futuro tópico.

sábado, 24 de janeiro de 2009

DIPP - Japão pt.2

Agora, escondido e protegido de bombas nucleares já posso escrever sobre esse cabuloso tema que é a juventude japonesa e seus derivados globais.

Conforme eu disse no último texto, o hentai fazia sentido num contexto pré-banda larga, porém vejo seu advento enquanto digito. A explicação é simples e pode ser entendida com o seguinte raciocínio:

Americanos produzem algo. Devido a globalização, japoneses recebem essas informação e assimilam e, numa espécie de antropofagia samurai, misturam com sua própria cultura. No caso do hentai, a perícia nipônica em fazer pornografia desenhada superou em muito a dos americanos e a de qualquer país ocidental. Por mais que Manara tenha um traço muito bom, os japoneses não param em detalhes técnicos, fisgam a alma dos pervertidos com atrações que pessoas normais não compreendem, como, por exemplo, animais-demônio sanguinários e ninfomaníacos.

Dado o momento que o entretenimento adulto japonês nessa área tem esse poder, os americanos foram buscar na internet esse material. Para compartilharem isso, criaram canais cibernéticos baseados nos asiáticos. Esses canais vão desde o 4chan (sobre cultura pop japonesa) ao gurochan (sobre hentai envolvendo sangue). Se vocês estiverem dispostos a procurar, vão achar chans sobre tudo. Eu não farei isso por vocês, de jeito nenhum.

Há no mangá gente boa escrevendo roteiros, inclusive temos excelentes revistas, desenhos e jogos feitos no Japão, não falei sobre isso porque ocuparia muito tempo, e quero falar sobre os aspectos problemáticos da nova geração dessa valorosa cultura que é a japonesa. No próximo tópico veremos o que acontece quando todos esses problemas saem do papel: vem aí o Visual Kei e o J-rock!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

DIPP - Japão pt.1

Hoje em dia, o que não falta é informação. Graças a internet, fica fácil perceber como o mundo funciona e qual a função de cada país na hora de produzir. Isso chamamos de DIT. Podemos perceber isso coletando informações de uma poderosa e útil rede chamada internet.

Com esse grande banco de dados e pornografia, podemos perceber várias divisões internacionais, em especial a DIPP – Divisão Internacional de Problemas Psicológicos. Esse post aqui no meu blog vai tratar sobre esse assunto perigoso. Reza a lenda que as agências de inteligência dos países, em especial a japonesa, temem que isso dê origem a uma nova guerra mundial, pautada no preconceito.

Psicólogos tentaram descobrir como as emoções afetam nossa vida, fazendo que a gente somatize a irritação cotidiana, e perceberam que a juventude japonesa, tenha relação ou não com stress, começou a desenvolver tendências estranhas desde o glam rock nos EUA. Surgiram dois grupos de soam mais perceptíveis para os ocidentais: os nerds japoneses, com sua forte tradição de estudos e esforço, e os “moderninhos”. Os grupos são distinguíveis pelo vestuário, já que os moderninhos tentam ser ocidentais descolados, mas exageram e viram seres medonhos, como os bishounens ou rappers orientais. Porém, os psicólogos dessa pesquisa, que misteriosamente morreram, não conseguiram descobrir qual grupo é responsável pela produção de hentais, que simplesmente mostram todos fetiches possíveis e imagináveis, que só podem ser frutos de algum distúrbio.

Hentai é uma espécie de obra do Carlos Zéfiro com traços de mangá, e, dentro de determinado contexto pré-banda larga, fez até sentido. Porém, em algum momento, essa função se expandiu e o hentai começou a veicular antigos fetiches nipônicos, como tentáculos, e alguns novos, caindo no gosto de algumas pessoas, criando um mercado que se mantém até hoje e chega a lugares distantes, como por exemplo, o Brasil. E veremos isso no próximo post, caso eu não seja morto por ninjas do governo japonês.

Abraços

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Reflexões sobre técnicas

Numa época na qual tanta coisa acontece, não deveria ser difícil achar um tema. E não é, mas falar sobre o que passa na TV é decadente demais. Então vim falar sobre isso, como é difícil ser um bom decadente.

Rock alternativo que faz sucesso hoje em dia, é automaticamente caracterizado como Indie, e já tem até certas características comuns nas bandas desse "movimento", assim como aconteceu com o grunge. O que acontece é o seguinte, para se fazer indie, não precisa ter necessariamente as mesmas influências semrpe, pode-se inovar, porém certas características são importantes. Em geral o que faz sucesso é uma bosta, com raras exceções mais progressivas ou criativas. Resumindo, para ser indie, cérebro é dispensável.

Vamos criar então um caso hipotético: "um guitarrista, cansado de tocar prog metal e fusion, vai e monta uma banda de indie rock para ganhar dinheiro em bares alternativos. O desgraçado sabe infinitas escalas de cabeça, tem uma precisão rítmica aburda e sempre compôs bem em sua banda anterior.". Deve ser mole para esse cara fazer música pop, né?

ERRADO. Para se fazer música ruim, mas comercial, precisa de influências com essas características e ter um raciocínio pop. Não adianta saber o que é "lídio dominante" se não tem cabeça pop. Provavelmente isso vale na literatura também. Não adianta ser o mestre dos versos alexandrinos, se o que está na moda é, por exemplo, "poesia" estilo Arnaldo Antunes. Não é só conhecimento, o que vale é a influência de cada coisa que você conhece. E o ruim pode dar certo por ter as influências certas na hora certa. E isso não é fácil.

Ser medíocre às vezes é tão difícil quanto ser bom. O que sabe bem as coisas, é inteligente, o que sabe usar o pouco que tem, é o esperto. E assim continua o mundo. Cabe a cada um dar o valor que cada um merece.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Camisas e vestidos

Existem grandes dilemas na pós-modernidade. Palestinos e Judeus, arte conceitual e outras coisas. Porém, o dilema mais presente na vida de qualquer homem latino americano que mora num centro urbano é: "Cacete, isso é uma camisa ou é um vestido?". Quando vai se dar presentes para mulheres, quem é esperto dá um CD ou um livro. Mas há sempre o corajoso, que chega numa loja de roupas e começa a observar os modelos.

Nas lojas de moda feminina, vários paradoxos filosóficos aparecem, desnorteando a figura machista que usa o que tem no guarda-roupa e prefere mulheres nuas. Os vestidos estão curtos demais e as camisas um pouco maiores do que deveriam, com uma espécie de "boca-de-sino". Para um sábio desacostumado com o convívio na sociedade atual, se P, um vestido vira camisa, e, se G, uma camisa vira vestido. E isto é o caos.

Numa época na qual se usam vestidos e calças ao mesmo tempo e shorts mais curtos que vida de cachorro, o referencial na moda feminina é o respeito-próprio. Cabe ao homem saber se está com uma mulher que se respeita, ou não. E aí chegamos numa das maiores contradições do mundo atual: "É mais fácil, até para o machão, entender as mulheres do que entender vestidos e camisas".

Ah, se Nelson Rodrigues estivesse vivo...

domingo, 4 de janeiro de 2009

Will Smith, me doa o cérebro?

Começa o ano, porém velhos hábitos persistem. Ir ao cinema com os amigos é um deles, bem difícil de mudar. O filme escolhido foi: 7 vidas. Will Smith tinha crédito comigo, após o bom “A Procura da Felicidade”, então fui ver esse filme esperando algo como “Crash – No Limite”, só que com o Will Smith juntando as 7 vidas. Resumindo, eu não sabia nada sobre o filme.

Começa o filme, e como todo drama, foi me despertando emoções. Aos 20 minutos senti um abatimento, aos 40, angústia. Quando completou uma hora, fiquei desesperado. Uma hora de cenas jogadas de qualquer maneira, sem relações bem definidas e sem ritmo nenhum. Porém, o filme continuou, o turbilhão de sensações continuava conforme o filme passava. Porém tudo após uma hora se resume a um sentimento: raiva. Principalmente quando eu e amigos já tínhamos previsto metade do que ia acontecer no final. Ou seja, aquela embromação “pré-30 minutos finais” já entregavam o que realmente importava.

Agora, farei um spoiler: Tim, o personagem de Will Smith, doa seus órgãos e patrimônio para ajudar 7 vidas, e compensar as 7 que ele tirou num acidente de carro. Porém, como ele se matou para ajudar algumas, ele ainda fica devendo uma vida, que foi a própria. Que vergonha, hein, Sr. Roteirista? Outros erros podem ser percebidos, se você estiver querendo matar o tempo sem transformar a raiva em ódio.

O pior de tudo é, na saída, ouvir pessoas elogiando o filme, realmente emocionadas. Já que o coração foi doado para a mulherzinha do filme, Tim, me dá seu cérebro? Realmente, só eu e meus amigos doentes não entendemos a graça desse filme. Eu pedi primeiro, eles podem continuar da mesma forma. Sou categoria 2, ok?