sábado, 10 de janeiro de 2009

Camisas e vestidos

Existem grandes dilemas na pós-modernidade. Palestinos e Judeus, arte conceitual e outras coisas. Porém, o dilema mais presente na vida de qualquer homem latino americano que mora num centro urbano é: "Cacete, isso é uma camisa ou é um vestido?". Quando vai se dar presentes para mulheres, quem é esperto dá um CD ou um livro. Mas há sempre o corajoso, que chega numa loja de roupas e começa a observar os modelos.

Nas lojas de moda feminina, vários paradoxos filosóficos aparecem, desnorteando a figura machista que usa o que tem no guarda-roupa e prefere mulheres nuas. Os vestidos estão curtos demais e as camisas um pouco maiores do que deveriam, com uma espécie de "boca-de-sino". Para um sábio desacostumado com o convívio na sociedade atual, se P, um vestido vira camisa, e, se G, uma camisa vira vestido. E isto é o caos.

Numa época na qual se usam vestidos e calças ao mesmo tempo e shorts mais curtos que vida de cachorro, o referencial na moda feminina é o respeito-próprio. Cabe ao homem saber se está com uma mulher que se respeita, ou não. E aí chegamos numa das maiores contradições do mundo atual: "É mais fácil, até para o machão, entender as mulheres do que entender vestidos e camisas".

Ah, se Nelson Rodrigues estivesse vivo...

4 comentários:

Majú disse...

Sério, não são só os homens que se confundem com essa babaquice toda, infelizmente.

Giordana disse...

Acho que boca-de-sino é só calça...
E é verdade, não é um problema masculino

Kêco disse...

Ah, Nelson Rodrigues........

fabiana disse...

É verdade... às vezes tb fico na dúvida. A gente acaba usando o bom senso estético.