Bem, aqui estou nos momentos decisivos do meu perigoso trabalho sociológico e, após explicar o produto de exportação dos jovens japoneses, vamos explicar o que fica somente no mercado interno. Bem-vindos ao mundo da música pop japonesa. Aqui, o hair metal americano foi revistado e ampliado, misturado com a estética moderna oriental.
Precisamos tocar em dois pontos interessantes na cultura japonesa e americana antes de prosseguir:
1 – O bishounen. Esse conceito é correlato a androginia em certas culturas ocidentais e consiste de achar sexy homens que parecem mulheres. Caso vocês leiam mangás, principalmente os shoujo, que são voltados para o público feminino, irão notar isso. O “fodão” da história é sempre meio afetado e parece uma bishouna (trocadilho ruim, mas necessário) para os parâmetros ocidentais.
2 – O glam rock e o hair metal. Estilos de música da década de 70 a 90, populares nos Estados Unidos. Músicos ficam maquiados normalmente. David Bowie e Poison fazem parte desses estilos, respectivamente. Foi muito popular no Japão, em especial o Hair Metal, o hard rock farofa para os menos chegados.
Agora que já sabemos disso, podemos expor a tese de porque, ao invés do mangá e do hentai, o pop japonês nunca decolou. Com o sucesso do hair metal, bandas japonesas, como o X Japan, seguiram o estilo com algumas mudanças, criando o visual kei, que é uma espécie de hair metal japonês, muito popular até hoje.
Essa música não se expandiu porque o movimento demorou para se consolidar e o hard rock farofa já tinha sido varrido do mercado fonográfico norte americano pelo Grunge e no inglês pelo Brit Pop, ficando fadada ao mercado japonês por um bom tempo.
Com a ascensão do emo, estilo musical um pouco menos “desleixado” e mais “maquiado” que o rock alternativo de 90, o visual kei está se expandindo e chegando a vários lugares no mundo, como a Alemanha, com o Tokio Hotel, e o Brasil, com a psy-gai.
OBS: O visual kei não é necessariamente um problema, mas acho que merecia ser explicado aqui, pois combina com uma estética dos mangás, e isso foi trabalhado aqui. Não é um problema gostar de uma banda com uma estética visual diferente da que você conhece, desde que você goste do som dos caras. Para mim, há mais problema no Death Metal e no Gore ocidental do que no Visual Kei. Aliás, isso é um bom tema para um futuro tópico.
Precisamos tocar em dois pontos interessantes na cultura japonesa e americana antes de prosseguir:
1 – O bishounen. Esse conceito é correlato a androginia em certas culturas ocidentais e consiste de achar sexy homens que parecem mulheres. Caso vocês leiam mangás, principalmente os shoujo, que são voltados para o público feminino, irão notar isso. O “fodão” da história é sempre meio afetado e parece uma bishouna (trocadilho ruim, mas necessário) para os parâmetros ocidentais.
2 – O glam rock e o hair metal. Estilos de música da década de 70 a 90, populares nos Estados Unidos. Músicos ficam maquiados normalmente. David Bowie e Poison fazem parte desses estilos, respectivamente. Foi muito popular no Japão, em especial o Hair Metal, o hard rock farofa para os menos chegados.
Agora que já sabemos disso, podemos expor a tese de porque, ao invés do mangá e do hentai, o pop japonês nunca decolou. Com o sucesso do hair metal, bandas japonesas, como o X Japan, seguiram o estilo com algumas mudanças, criando o visual kei, que é uma espécie de hair metal japonês, muito popular até hoje.
Essa música não se expandiu porque o movimento demorou para se consolidar e o hard rock farofa já tinha sido varrido do mercado fonográfico norte americano pelo Grunge e no inglês pelo Brit Pop, ficando fadada ao mercado japonês por um bom tempo.
Com a ascensão do emo, estilo musical um pouco menos “desleixado” e mais “maquiado” que o rock alternativo de 90, o visual kei está se expandindo e chegando a vários lugares no mundo, como a Alemanha, com o Tokio Hotel, e o Brasil, com a psy-gai.
OBS: O visual kei não é necessariamente um problema, mas acho que merecia ser explicado aqui, pois combina com uma estética dos mangás, e isso foi trabalhado aqui. Não é um problema gostar de uma banda com uma estética visual diferente da que você conhece, desde que você goste do som dos caras. Para mim, há mais problema no Death Metal e no Gore ocidental do que no Visual Kei. Aliás, isso é um bom tema para um futuro tópico.
5 comentários:
Por isso eu achava esses cantores japoneses com uma cara meio 'afetada' - não sabia que eram bishounen (aliás, ótimo trocadilho! :-)
Bem interessante.
Para os japoneses beleza é um conceito universal. A mesma beleza que uma mulher tem um homem deve ter.
Uma mulher ocidental pode se derreter pelo Marcos Pasquim, já no Japão isso é um pouco incomum pelo fato de ele apresentar muitos traços caracteristicamente masculinos.
Recentemente com o advento do metrossexual alguns jovens aprenderam a incorporar esse lado da cultura japonesa sem maiores problemas.
Espero ansiosamente pela quarta parte (que só será lançada no Japão)
Apesar do pouco tempo que te acompanho, gosto muito do teu blog. Tem um selo pra você lá no "Eu nãos sei de nada" - passa lá!
Bjs
O melhor do Japao pra mim eh o Boredoms. E o "hair metal" deles comecou com uma tranqueira chamada LOUDNESS, nos anos 80..aff.... rs
Valeu a trilogia DIPP !
abracos.
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