quarta-feira, 23 de julho de 2008

Retorno amigável da contradição auditiva

Boa tarde a todos.
Vim aqui comentar algo muito importante nesse blog. Não, não é a música prometida, que não sairá tão cedo devido a um problema que surgiu (meu teclado não fica tão agudo quanto a música exige). Vim falar sobre um fenômeno que atinge a maioria das pessoas, acho que todas: saber que a música é uma merda e ainda gostar.
Após um bom tempo só ouvindo e descobrindo coisas de qualidade no mínimo boa pra caralho, consegui com um amigo um box de B-sides do Siouxsie and the Banshees. Puts, que merda, nada de solos, harmonia bem feita, cozinha esmerada, nada. Mas é tão divertido... tem todo aquele clima denso que de certa forma faz a música soar interessante. Estou com toneladas de música para ouvir aqui, revirei a coleção do meu pai e amigos tem me passado coisas. Estou ouvindo João Donato, Charles Mingus, Mahavishnu Orchestra, Casa das Máquinas, Clube da Esquina e outras coisas de excelente gosto. Mas o que viciou mesmo, além de Charles Mingus e Som Imaginário, foi o maldito (han, han, trocadilho pseudo-cult) post-punk. Não é qualquer post-punk, mas até que Siouxsie and the Banshees (que eu não conhecia antes) e Joy Division (que eu odiava com todas as forças por causa de "Love will tear us apart") são legais.
Não, não virei gótico, mas até que o som é divertido. Não recomendo, pois sei que é uma merda mesmo. Se quiserem ouvir algo bom peguem som imaginário mesmo e sejam felizes. Recomendação do dia. Rezem para eu superar o vício nessa droga pesada, assim como tudo que descende do punk em linha direta =P

Abraços e boa jornada de individuação a todos (sempre quis falar isso)

3 comentários:

Camilla disse...

Eu também tenho meus dias de ouvir coisas do passado, é normal...

Thiago Cianci Antunes disse...

Existe uma grande diferença entre música boa e música bem-feita.
Duvido você encontrar coisa bem-feita em Rolling Stones, mas Jumpin' Jack Flash é uma música boa pracaramba. Ninguém ouve e fala: po, que merda.

J. Chevitarese disse...

Tem gente sim que fala que merda, e o que eu disse é o conceito. Não importa como ele se chame