Estava o homem a pensar em casa. Num canto precariamente iluminado por um abajur se encontrava ele sobre uma cadeira. Ao fundo rodopiava na vitrola um disco com doces e fluídas valsas de Strauss, contrastando com a melancolia do momento. E o homem sentado pensando.
Certo momento bate à porta uma adorável moça loira. Ondas espalham-se pelo ar e chegam ao cérebro, misteriosa caixa cinza do ser humano. Na caixa cinza da mulher reações faziam-na sentir algo pelo estranho pensador, porém, na caixa deste reações deixaram-no inerte no mesmo canto com sua ocupação. Passado certo tempo, a moça vai embora. Mais tarde ainda, a valsa pára de tocar, restando para o homem apenas sua solidão e o constante tic-tac do relógio.
...
TIC-TAC
TIC TAC
TIC-TAC
...
Milhares de tic-tacs se vão e o homem levanta. Não conseguiu resolver seu problema. Olha para o relógio e vê que se passaram poucas horas. Ainda angustiado por seu problema (e sem se dar conta do que perdeu) o homem toma um Prozac e vai encher a cara no bar da esquina dez anos mais velho.
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Isso aí foi um sonho estranho meu. Antes de mais nada o homem era o Sr. Fantástico e a moça era a Mulher Invisível.
Abraços
um real
Há 3 anos