sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Final de Ano

Boa tarde.

Estou sem postar faz um tempo porque estou gastando muito tempo treinando strumming e slap no baixo. Além de estar tentando limpar Inverno novamente. E creio que nesse final de ano eu vou me dar um descanso de blog, afinal algumas primas vão chegar no Rio nesse dia 29 e combinar baixo, família, banda, leitura e filmagem de um curta, que se tudo der certo sai. Com músicas minhas na trilha sonora \o/ O tema ainda não está definido, mas será bem simples, com sangue e referências pseudo-cults, claro.

Anunciando isso, não estranhem se eu sumir.
Feliz 2009 e altos grooves (POSEEEERRRR)
Abraços

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A cicatriz e o baixo

Bom, hoje tirei os pontos. Não é câncer, felizmente, porém ficarei com uma cicatriz. Mas dane-se a cicatriz, estou tocando baixo!

Perdi bem menos técnica que eu esperava que ia perder. Ainda consigo tocar vôo do besouro, preciso só dar uma limpadinha agora, mas Inverno e "Colorado Bulldog" terão que ser tiradas novamente, mas ainda tenho tempo. Férias e baixo!
Não há sensação mais maravilhosa do que fazer o que você quer após um longo tempo sem poder. E olha, até abril essas músicas já estarão tiradas. E até o final do ano, Serpent Kiss, Dance of Eternity e talvez Tommy, the Cat estarão tiradas.

Agora, vou tocar.
Abraços

domingo, 21 de dezembro de 2008

Pragmatismo

Um escritor me manda tentar tudo
Um executivo me manda pensar no presente antes do futuro
Um tolo me manda esperar um pouco mais
Um idealista me manda fazer o certo
Um matemático me manda fazer o mais provável
Um cético me manda considerar o erro
Todos me deixam parado e o louco manda tudo pro caralho.

Ah, se escolher faculdade fosse fácil ¬¬

O Malta me manda virar homem e parar de me lamentar.
Ainda bem que ainda existe gente pragmática nesse mundo.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Então é Natal

É. A música que deu origem ao nome do post não foi executada uma vez em minha presença. Nem aquela da globo. Nenhuma música de Natal/fim do ano o foi.  O que foi visto para mim como motivo para grande parte do meu estresse de fim de ano sumiu. E nem por isso esse final de ano está sendo uma maravilha. E não há nada pior do que em qualquer dezembro. Aliás, está tudo melhor. Porque será que esse final de ano está tão ruim?

A resposta por mim encontrada é justamente a ausência de irritações. Buda dizia que que a causa do sofrimento humano é o desejo. Buda estava certo, porém receitou algo impraticável para mim: abolir o desejo. Eu não vou abrir mão da coisa mais legal que eu tenho como ser humano, vou apenas ignorar parte dela. E é justamente a parte não realizada. Porém, eu oculto esse vazio de mim jogando a culpa nos outros, como todo ser saudável faria numa questão existencial. Cá entre nós, é muito fácil jogar isso nos desgraçados publicitários que fizeram o jingle de natal da Leader, ou aliás, no Roberto Carlos, que canta desde o primeiro aniversário de Cristo as mesmas músicas.

Do nada, todos os prazeres somem, inclusive o de xingar os "culpados" por pequenas frustrações do presente, sejam quais elas forem. Aliás, elas nem são tão grandes, e o tempo mata essas vontades. Porém, ele ainda não matou e estou levemente irritado com isso. Enquanto isso, toca Simone aí \o/

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Fases Criativas

Bem, todos sabem que sou um sujeito muito idiossincrático e nunca tive vergonha de admitir certos padrões estranhos meus, aliás, minha vida é praticamente um livro aberto. São eles que fazem eu ser o que sou atualmente, e se eu tentasse negá-los, eu perderia grande parte da minha personalidade. Um dos meus aspectos mais característicos é minha relação com a música.

Eu gosto de criar músicas. Mesmo sem ter muitos recursos teóricos ou técnicos na hora de tocar, gosto de brincar com sons desde pequeno, quando via meu pai editando músicas no Sound Forge. Quando pequeno quis tocar teclado, quando pré-adolescente, bateria e quando cheguei aos 14 anos, ao ouvir The Who e Rush, descobri o que era um baixo. Digamos que meus interesses mudaram bastante e eu comecei a realmente estudar música. E, aos 16, comecei a criar. Aí sim, acho que eu virei o que sou.

Mas por que toda essa ligação com um hobby? Não é lógico, porém a música me liga a muitas pessoas. Eu componho bastante coisa, e eventualmente, quando ficam boas, dedico a algo. Normalmente é ao meu ego, mas já dediquei ao meu cachorro, à boláguia, a amigos e a paixonites (odeio admitir essa parte) platônicas. No momento tenho duas rapsódias sendo feitas para dois amigos, só que eles merecem coisas boas, e não é muito fácil trabalhar os temas que eles gostam. Quer dizer, é difícil pra cacete, vou ter que estudar muito para conseguir fazer algo bom.

E é sobre minha última fase pré-cirurgia que vim aqui falar. Eu vinha fazendo muitas coisas para meu ego e gostei de algumas. A suíte da “Vingança do Pierrot” e “O Boto” me agradam, porém conheci uma pessoa. Como todo bom sem-noção, fiz merda antes de me apresentar. Criei três músicas pensando nisso, uma das quais me orgulho, pois consegui fazer algo interessante sonoramente, usando simultaneamente blues e frases de música erudita. Foi também minha primeira música usando uma forma clássica e compassos compostos de forma que realmente me agradou.

Aí, segunda-feira voltei a minha fase do ego. Terminei de compor um blues-rock e fiz vários riffs na pentatônica para minha banda de rock (que finalmente tem um bom baterista). Não que a música esteja ruim, a linha de baixo tá muito maneira, foi uma das coisas mais diferentes e pouco usuais que eu poderia fazer, mas ainda queria continuar numa fase mais técnica, a menos para completar umas 5 músicas e gravar algo (se bem que eu não conheço baterista que toca exatamente o que espero nesse estilo). Tomara que essa pessoa não fique só no pensamento e volte para a música logo¹*.

Abraços

¹ Foi mal pelas conclusões diferentes do “padrão Jamil” nos últimos textos. Acho que amanhã verei “Clube da Luta” e só escutarei Thrash Metal para me recuperar.

* Tá, eu sei que não tem nenhuma relação entre a pessoa a quem dedico e a qualidade. Mas, sei lá, tem efeito psicológico.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Retrospectiva 2008

Boa noite.

Vim aqui fazer uma breve retrospectiva de 2008, com todas as coisas que foram relevantes e podem ser narradas aqui. O ano foi maravilhoso, tão bom quanto 2007, o que o categoriza como um dos melhores anos da minha vida, porém, ao contrário de 2007, nesse eu passei a ver como eu me conheço pouco. Tudo que eu julgava verdade, acabou e, como diria meu amigo PV, "uma criança morreu".

Descobri que tudo que eu queria não passava de uma aposta, e comecei a pensar em segurança. Claro que sou imaturo demais para qualquer decisão estritamente racional e minha vontade se impõe bem ou mal, porque sou um bom advogado do diabo, mas eliminei certos projetos da minha vida, como o de ser músico, por exemplo.

Descobri ser "advogado do diabo", como falei acima, através da frase: "O que sua matematicazinha de bosta pode contra a fé?". Consigo provar a maioria das pessoas de coisas erradas e que eu nem mesmo acredito. Acho que "advogado do diabo" é uma expressão forte demais, pois envolve muito mais talento que tenho, só que não quero me chamar de "prostituta intelectual".

Atingi todas minhas metas traçadas em 2007, exceto a de sempre. Li bastante, conheci muita coisa nova musicalmente falando, melhorei bastante no baixo, aproveitei meus amigos, através de eventos sociais melhorei minhas concepções sobre padrões (quem entendeu não vai postar nada relativo a isso nos comentários, ok?) e melhorei em geral, me tornando menos mente fechada. O único contra foi ter ficado levemente mais arrogante, admito, e uma das metas para 2009 é reverter isso.

Agradeço a todos que fizeram parte desse ano e saibam que alguns de vocês são muito especiais para mim (nossa, que frase gay).

Abraços.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Intertextualidade bloguística






Ah, vai dizer que ele não é MUITO estiloso? Ele me lembra alguém ¬¬

Tirinhas tiradas de : http://tiras-snoopy.blogspot.com/

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Novidades

Boa noite. Quem entrar no blog hoje, vai notar uma diferença. Sim, após anos de blog tomei vergonha na cara e fiz um banner. E dessa vez vou explicar a piadinha implícita, apesar desta ser simples e fácil de entender, ao contrário do trocadilho do blog "Pop Transfigurado". Lá, minha Madonna expressionista tocando uma flying V, criando uma fusão entre a Madonna normal com sua stratocaster e o expressionismo. Ninguém entendeu o trocadilho, então fiz algo mais simples e explicado dessa vez.

Piadinha:
Devaneios e Bizarrices GRAVES. Graves, lembra baixo, que lembra Jamil, o humilde (NOT!) escritor do blog, que é o cara que tem esses devaneios.

Outra coisa que você certamente irá perceber, é a "Boláguia", na barra ao lado. Ela é a padroeira deste blog. Não perguntem o porquê. Ela é uma espécie de interna dos meus amigos no colégio e representa tudo que eu admiro e quero para minha vida.

E assim, o Pela Sombra entra numa nova fase. Que a Boláguia abençoe a todos (se você comentar ganha uma indulgência leve. Se depositar uns mil reais na minha conta, vai pro céu).

Abraços.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Sobre notas e sentimentos

"Informação não é conhecimento,Conhecimento não é sabedoria,Sabedoria não é a verdade,Verdade não é beleza,Beleza não é amor,Amor não é música...Música é o melhor." - Frank Zappa

O abraço de uma mãe reencontrando o filho. Num filme, quando a história é bem explicada, eu até acho bonito. Na vida real, quando a mãe chora muito, chega a me dar raiva. Cacete, conversa ao invés de deixar escapar sentimentos somente! Porém, tudo se desfaz com mero bend e uma frase lenta na escala menor. Porque toda aquela sensação por mim ignorada se faz presente na música?

Talvez eu tenha um problema com seres humanos, e a vida seja toda um grande serialismo: lógica e interessante, porém ainda não entendo as regras. Apesar disso, pessoas, na maioria dos casos, são como um solo do Kirk Hammet, altamente previsíveis. A sinfonia do cotidiano, tudo aquilo que muitas pessoas fazem de notável, passa discretamente como notas abafadas pelo barulho ao redor.

E aí entra a música e a arte na minha vida: uma válvula de escape perante todo barulho e cacofonia da realidade. Lá, existe realmente a expressão, a técnica e, conseqüentemente, o homem em toda sua plenitude. Tudo aquilo que o mundo naturalmente encobriria, está a sua mostra, sendo real ou imaginário, para vermos e apreciarmos, adicionando assim tudo que o estresse nos impede de ver na vida grande parte das vezes, como, por exemplo, o abraço.

Todo o sonho, a liberdade e a beleza das artes servem de combustível frente ao dia-a-dia, que apesar de ser muito bom, não nos oferece exatamente os nossos desejos. E por isso convencionamos chamar o dia-a-dia de verdade, enquanto nosso potencial artístico é por alguns chamados de o melhor.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Neo-Trash

Eles são bonitinhos, são bem feitos, tem efeitos especiais, piadinhas pseudo-sacanas e muita violência, porém não soam sérios, são extremamente ruins e só fazem você rir nas cenas violentas. Quem são eles, quem eles pensam que são?

São os filmes neo-trash, uma geração de blockbusters que vem saído e cagado olimpicamente para o roteiro, com piadas sem graça, porém com as cenas violentas engraçadas. Representados por filmes como o Procurado, Rambo IV, filmes do Tarantino e do Robert Rodriguez, por exemplo, eles são garantia de risadas se você curte muito sangue e pouca inteligência. Antes de tudo, eles são uma grande bosta, porém são levados a sério, retomando um raciocínio do B-side antigo. Os filmes não eram feitos para serem assim, eles eram ruins pela falta de recursos (coisa praticamente eliminada hoje em dia) ou por terem uma estética muito... bom, estranha. Hoje em dia as estéticas deturpadas geram monstros, com cenas cada vez mais engraçadas de tão ofensivas (fenômeno visto no youtube, que será abordado no próximo post).

Bom, provavelmente qualquer pessoa sensata que veja "o procurado" vai achar um lixo. Eu também achei, mas a cena que o cara mata mais de 15 e ainda sai carregando a arma presa na cabeça do outro é para mim memorável. Fazia tempo que eu não ria assim. Perdão pela falta de bom gosto, mas cacete, é muito escroto para uma pessoa como eu não gostar. Os lemas do filme também são ridiculamente malfeitos, é tudo muito ruim, mas deixa, eu ri deles também.

Abraços

domingo, 7 de dezembro de 2008

Tempo

Boa tarde.

Começo um post de nome vago para falar de uma coisa bem objetiva: ficarei sem postar nada até o dia 22/12. Fiz uma cirurgia na mão esquerda, o que me impede de digitar de forma espontânea e veloz comominha cabeça manda. Sim, estou bem e tomei alguns pontos e até baixo consigo tocar estilo Luizão Maia pós-AVC (com uma mão só batendo no braço do baixo)

Don't cry for me, pelasombra.blogspot (estilo Madonna, só que verdadeiramente latino e menos afetado), que volto daqui a pouco.

Abraços

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

15 anos sem Frank Zappa

Boa Noite.

Bem, vim aqui nesse tópico prestar uma homenagem a um dos maiores gênios da música no século XX. Nesses tempos onde a mídia comemora 40 anos de 68, com destaque aos queridinhos Beatles e Sgt. Pepper, deixamos passar datas importantes como os 15 anos sem Frank Vincent Zappa, que morreu de câncer de prostata.

Figura polêmica, porém de fortes convicções e de um rigor artístico extremado ( ponto de mandar um foda-se para a audiência), é por muito ignorado devido a suas músicas difíceis e estilo debochado na hora de escrever, porém é sempre lembrado com respeito por músicos que se sentem atraídos por música experimental. Suas músicas exigiam grande técnica e muitas vezes eram feitas em improvisos, o que exigia excelentes músicos. Com isso, na banda "Mothers of Invention", surgiram grandes nomes da música atual, como Steve Vai e Jean Luc-Ponty. Além da grande habilidade técnica exigida, havia outra exigência para entrar na banda: eram proibidas drogas. Com isso John Frusciante, do Red Hot, fracassou na entrada da banda. Esse aspecto de Frank Zappa é importante pois mostra como ele conseguiu passar pelos vícios de sua época sem se sujar e prosseguir sempre melhor.

Além de músico, Frank Zappa era ativista e tentou se candidatar a presidência dos Estados Unidos. Bom, não dá para resumir a vida de Frank Zappa num post, porém isso aqui é somente uma homenagem a um dos artistas do século passado.

"Historicamente os músicos sentem-se feridos quando a audiência se mostra insatisfeita. Nós não nos sentimos assim. Nós dizemos para a audiência se danar."
_ Frank Zappa

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Queen + Paul Rodgers

Boa noite!

Vim aqui falar de um grande show que fui nese sábado: Queen + Paul Rodgers. A primeira pergunta a se fazer é se o Paul Rodgers agüentou bem o show. A resposta é clara: sim. Ele com suas bandas anteriores provou ser um bom cantor de rock, apesar de diferente de Freddie Mercury. O máximo que podia acontecer é uma roupagem nova a músicas antigas do Queen. porém por mais que ele cante diferente, muitas músicas permaneceram praticamente a mesma coisa.

É claro que Freddie Mercury não é somente uma grande voz, como foi mostrado no vídeo que rodava no telão ao som de Bohemian Rhapsody, é também carisma e devia fazer um show diferente, porém ele morreu. O que podemos fazer é aceitar e ficar felizes com a volta da banda, ao invés de nos tornármos viúvas de Freddie Mercury. Brian May e Roger Taylor continuam aí, e com inspirados solos mostraram que fizeram muito bem em continuar. Paul Rodgers também está de parabéns pela excelente performance nas músicas do Queen e nas de suas bandas anteriores. As novas músicas não deixaram o show pior, pelo contrário, conseguiram manter o nível, apesar de ser um som que me lembra mais um hard setentista do que o Queen.

O desempenho de Roger Taylor e Brian May cantando também não deixou nada a desejar. Realmente quem não foi perdeu um grande show e, mesmo sem o vocalista e o baixista originais, a banda continua muito bem com excelentes músicos no lugar.

Agora é esperar outro show bom do mesmo porte (porque show bom tem sempre).

Abraços